domingo

Shakespeare and Company

  A Shakespeare and Company, uma lendária livraria, foi criada em 1919, na Rive Gauche, pela jovem Sylvia Beach, com a intenção de mostrar aos franceses a literatura americana. 

Sylvia + Hemingway
    Durante os anos 20 e 30 foi seu auge, local de encontro dos grandes nomes da literatura mundial, como James Joyce, Ernest Hemingway, Edgard Alan Poe, Oscar Wilde, Fitzgerald e Gertrude Stein.
   A livraria ganhou fama considerável após a publicação de Ulisses, de James Joyce em 1922.

Sylvia + Joyce
  Durante a guerra com a invasão dos alemães foi fechada com o receio da perda de inúmeros livros, quadros e manuscritos, reaberta apos anos de sua morte em um local perto e sob a direção de George Witman.



 
   Considerada por alguns críticos como a livraria mais charmosa do mundo, ao entrar nela é uma volta ao passado.

sábado

Mont Saint Michel

     
   Já faz algum tempo que tinha uma curiosidade e um desejo grande de conhecer o Mont Saint Michel, a maioria dos amigos falavam ser lindo, interessante e tudo mais que um lugar medieval poderia ser, é claro para quem gosta!  
  Cada vez que resolvia conhecer algum fato ocorria e deixávamos para a próxima vez, mas nesse ano não passava e resolvemos que iriamos com sol ou com chuva, só não imaginei que poderia ser com neve, dois dias antes do nosso passeio, ocorreu uma nevasca e o Mont aparecia na TV todo branquinho, oh céus como vai ser?? 
    Já tinhamos resolvido ir de trem até Rennes e de lá pegar o onibus até a ilhota e ficarmos no Hotel Mount Blanc, mas depois do noticiário, achamos melhor ir de excursão com a Cytirama, não é a forma que mais gostamos de viajar e conhecer os locais, mas seria mais prudente e tranquilo. 
   Foi excelente o passeio, guia super simpática e educada, conhecemos um casal de brasileiros do nordeste que fez a viagem se tornar até engraçada e divertida, afinal foram 4:30 de onibus, mas não temos o que nos queixar, a não ser pelo famoso e tradicional omelete a La Mere Poulard, que realmente foi terrível, parecia mais um suflê cremoso do que um omelete, mas gosto não se discute, talvez seja gosto de outros, de qualquer forma teria provado independente do que outras pessoas falassem, afinal quando estamos viajando, é sempre gostoso experimentar o prato típico do lugar e a bebida também, nesse caso a Cidra, diferente da nossa mas gostosinha...
   Demoramos mais do que o normal, porque foi preciso mudar a rota em decorrencia da estrada estar escorregadia por causa da neve nos dias anteriores, já comecei a tremer não de frio, mais de medo só de imaginar o frio que iria passar naquele lugar tão alto... 
   Ao chegarmos fomos logo almoçar e depois subiriamos o monte para conhecer a abadia beneditina em homenagem a São Miguel. Tempo nublado, vento frio, mas nada de neve, meu santo é forte, rezei muito!! Mas quando chegamos no pé do monte, surpresa, um solzinho meio envergonhado resolveu aparecer só para minha foto ficar mais bonitinha e para o meu alívio não congelar de tanto frio!!


    O Mont-Saint-Michel fica entre a Normandia e a Bretanha,  um monte que se torna uma ilhota na maré cheia, ao redor da abadia beneditina se instalou uma "vila" medieval em estilo gótico do século XVI, consideradao Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco em 1979.



Hotel e restaurante Mère Poulard, considerado como Alta gastronomia (cozinha normanda e bretã) suas paredes são autografadas por artistas famosos como Ernest Hemingway com loja de souvernirs em frente para deleite de todos!!


   A subida para a Abadia é ingreme em espiral com inúmeros degraus, o mesmo caminho que outrora era feito pelos peregrinos, o cansaço é recompensado pela visão do interior e de toda a baía.
    Poderá escolher subir pela Grand Rue, onde se encontram os hotéis,  restaurantes e lojinhas de souvenirs ou se aventurar pela  ruela estreita, uma passagem tão estreita que é necessário atravessá-la de lado, mas foi divertido, na descida viemos pela rua principal.




   
    Um dos lugares mais bonitos da abadia, o Claustro, faz parte do conjunto arquitetonico conhecido como " A Maravilha" (considerado o coração da badia),  pela perfeição da sua arquitetura, um magnífico jardim cercado por colunas de mármore e arcos góticos, com uma visão bela da torre principal onde se encontra São Miguel, local ideal para meditação e oração como era feito pelos monges na época.






 

     Na Grande Rue a igreja paroquial medieval de St-Pierre.


    Hotel Mount Blanc, o hotel que tinhamos escolhido para passar uma noite , fica para uma próxima vez, localização excelente com preço acessível.

quinta-feira

Musée Jacquemart-André


   O Museu Jacquemart-André não é um dos pontos turísticos mais famosos da Boulevard Haussmann que chama mais atenção com suas lojas de departamentos, Printemps e Galeries Lafayette, mas caminhar em Paris nos faz descobrir a cada quarteirão um lugar diferente, lindo e interessante.
   A antiga abadia, Abbaye Royale de Chaali, foi transformada em um castelo no século XVIII, quando se tornou a casa do banqueiro e rico colecionador de arte Édouard André e sua esposa Nélie Jacquemart-André, seu acervo pessoal foi deixado para o Instituto da França após sua morte e transformado em museu. 

   
   Logo na entrada nos deparamos com o salão de chá do museu, considerado um dos mais belos salões de chá de Paris, onde outrora era local destinado a sala de jantar da mansão, paredes com tapeçarias belgas e teto todo trabalhado, fiquei a imaginar como teria sido na época...


     Durante a visita tivemos o prazer de admirar os diversos salões decorados de forma sofisticada com pinturas e obras de arte que vão desde do renascimento ao século XVIII. 

 

   Obras de arte do renascimento italiano (Francesco Laurana, Donatello, Luca della Robbia e outros), pinturas italianas (Mantegna, Bellini, Uccello, Botticelli), francesas (Boucher, Fragonard), holandesas (Rembrandt, Van Dyck) e inglesas (Reynolds, Hoppner).

 
 

     Além das obras maravilhosas e dos salões, o Jardim de Inverno foi um dos pontos magníficos e mais admiráveis em toda a mansão, o espaço não é grande mas a beleza suplanta qualquer coisa. Fiquei sentada no banquinho por um bom tempo admirando a obra de arte do arquiteto Henri Parent, olhar a clarabóia de vidro transparente que iluminava de forma precisa o piso, paredes e escadaria revestidos de mármore, peças de arte clássicas, o jardim tudo na mais perfeita harmonia e beleza.


  
    Considerei uma ótima visita e excelente oportunidade conhecer esse museu e retornaria com prazer.

Musée Jacquemart-André Museu Jacquemart-André
158, bd Haussmann , 75008 Paris
Metro: Miromesnil