Castelo Chantilly

                             

--> Antes de qualquer passeio, sempre pesquiso sobre o local a visitar, mas em nenhum deles descobri como fazer para chegar ao Castelo de Chantilly, é claro as informações básicas, como qual o RER e chegando na estação procure o Centro de turismo e peça informações...

  Pois é, fomos em novembro, num domingo pela manhã...ao chegarmos a estação, estava tudo completamente deserto, nem ônibus do Castelo, nem táxi, nem lojas abertas e nem tão pouco o Centro de informações, de turismo, nada... somente um Café aberto, resolvemos tomar um chocolate quente e tentar descobrir como chegar ao Castelo. A resposta foi simples, sigam pela primeira rua a esquerda e depois vão em frente, "tout droit", bom, todas as vezes que escutamos essa frase, já imaginamos o quanto caminharíamos, e foi assim... 

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      Vamos por partes então...

  Tínhamos duas opções de transporte Paris – Chantilly, acabamos optando pela forma pior na ida, Metro Châtelet Les Halles RER linha D (45 minutos) e a melhor opção, que seria ir até a Gare Du Nord - SNCF - Trem Paris/Chantilly - Gouvieux (25 minutos), nossa opção no retorno a Paris.

  Ao chegar na saída da estação, seguir a rua bem em frente, em direção à Rue Marechal Joffrena, na esquina á direita o Centro de Turismo, onde poderíamos ter o mapa do castelo, mas pode passar por ele e atravessar a avenida e seguir em frente pelo bosque, sem preocupações... pois é como boa carioca, pensei na hora, será que não é perigoso, afinal estava deserto!! Lembrava aqueles filme de suspense, a estrada entre as árvores, com inúmeras folhas secas caídas ao chão, caminhávamos, com aquela sensação de que repentinamente poderia acontecer o inesperado, imaginação fértil a nossa, e fomos caminhando e como...

   Até chegar um descampado que ao longe ao lado esquerdo a cidade e ao direto um hipódromo, e lá longe um prédio, provavelmente o Grande Estábulo...

  Ao chegar no local, descobrimos que o estábulo, o Museu do Cavalo, mundialmente reconhecido, mas como não aprecio muito cavalos, só olhei pelo portão principal, não me interessei pela visita. No horário da tarde acontece espetáculos com cavalos adestrados. 

  Entramos por um portão ao lado em direção ao castelo, com essa visão tínhamos a parte de trás do castelo com o lago a nossa frente, ventava muito no dia, dava pra escutar o balanço das arvores e o cair das folhas secas...

  Quando então, voilá o belo Castelo, até que enfim, já estava ficando ansiosa...

   Um monumento histório, renascentista, localizado ao norte de Paris, no Oise, com duas grandes estruturas, Grand Château (destruído durante a Revolução Francesa e reconstruído duarnte a década de 1870) e o Petit Château (reconstruído por volta de 1560, para Anne de Montmorecy).

   Famoso pela clássica história de François Vatel, mestre dos prazeres e das festividades para Loius II de Bourbon, o Grande Condé, Vatel durante a realização de um jantar aos fidalgos, teria criado o delicioso creme de chantilly, após um erro com leite azedo... Cenário de filmes famosos como 007 na Mira dos Assassinos, Maria Antonieta (de Sophia Coppola) e Vatel - Um Banquete para o Rei, com Gérard Depardieu. Foi palco da cerimônia de casamento do Ronaldo e Daniela Cicarelli.

  Os jardins do palácio foram arquitetados e construídos por André Lê Nôtre, que mais tarde desenvolveria também os jardins do Castelo de Versailles. Durante a primavera e o verão, é possível fazer passeios de barco e de trem, infelizmente fomos no inverno e ainda fomos surpreendidos por um temporal e uma ventania, que nos impossibilitou de passear por todo o jardim...

   O Muséé Condé, parte interna do castelo, visitamos os apartamentos, a capela e a coleção de pinturas do Duc D’Almale (último proprietário do castelo), uma das mais importantes da França, segunda depois do Louvre, a biblioteca com inúmeros livros raros, um exemplar da Bíblia de Gutemberg. 

  Atualmente o castelo é propriedade do Instituto da França.

Entrada

Escadarias

Capela

 Biblioteca

 Obras de Arte

  Depois de admirar todo esse acervo, nada melhor do que experimentar o verdadeiro, o autêntico chantilly, na famosa cozinha de Vatel, hoje um restaurante.

   Bem, depois de tanta beleza, tivemos que encarar o frio, o vento e a chuva no retorno a estação... O último trem saia as 17:50.