sexta-feira

Giverny

   Nossa intenção em viajar na Primavera era poder conhecer o belo jardim de Monet, aquele que inspirou o grande mestre do impressionismo revelado magistralmente em seus maravilhosos quadros, imortalizados pela sua visão tão sensível...
  
   Nossa idéia original era viajar em Abril, o melhor mês para conhecer Giverny, mas o vulcão atrapalhou a nossa viagem e só conseguimos chegar no início de Junho, as Tulipas já não sobrevivem nessa época, mas descobrimos que o jardim floresce durante todo ano, de Abril a Outubro, cada época com diferentes flores, o colorido tão desejado por Monet ao criá-lo ainda continua, brilhando da mesma forma, talvez vocês não tenham a mesma opinião, mas para quem sempre foi apaixonada e sonhava em conhecer esse lugar, era tudo mais que perfeito! Afinal o impressionismo é a arte da utilização das cores, nas suas diversas fases, desenhando a motivação sem as linhas básicas. Tenho vários quadros dele no meu trabalho e sempre amei suas obras, fã de carteirinha desse gênio da pintura, então, estar no local em que ele criou e viveu, ver e tocar cada pedacinho retratado pelos quadros, foi uma forma de sentir a presença dele, de compartilhar e comungar com tudo de tão belo que ele também sonhou e criou, o meu sonho se tornando realidade.

   Escolhemos quarta-feira pensando em encontra o local com menos turistas, acordamos bem cedo, com a intenção de aproveitarmos melhor o dia, mas perdemos o primeiro TGV às 8:20, não atrapalhou em nada o nosso passeio pegamos o próximo trem que partiria as 10:20 e chegamos em Vernon 45 minutos depois e pegamos a Corvette, onibus próprio e 15 minutos depois chegamos em Giverny.

  Como chegar a Giverny de Paris?  Fácil, rápido e muito tranquilo.  

    Metro Saint Lazare, chegando na estação pegar a saída em direção das "Grands Lines" as placas informam o caminho para chegar até a Gare de Saint Lazare, subindo a escada rolante a sua esquerda estará o guichê de passagem da SNCF, compramos a passagem de TGV, por 25 euros(ida e volta), necessário antes de embarcar "compostar", validar os tickets em máquinas amarelas dentro da estação, para não ter problemas com a fiscalização dentro do trem e ter que pagar multa. 

 

   Chegando na Gare de Vernon, seguir as pegadas no chão que indicam a direção de Giverny, na verdade o local para pegar a Corvette, ao lado da estação, valor de 4 euros e não esqueçam de guardar o ticket pois é o mesmo para o retorno.

   
    Atravessamos a cidade e aproveitamos para olhar um pouco de Vernon, querendo poderá passear por ela antes de retornar a Paris, cuidado somente com os horários do TGV, nos finais de semana tem menos horário de trem.
    Rapidamente chegamos a Giverny, o onibus pára no estacionamento e atravessamos por um caminho subterrâneo até o outro lado da estrada, bem sinalizado com as placas informando sobre Centro de Turismo, a Casa de Monet e o Museu do Impressionismo.


   É claro que a primeira visita tinha que ser os jardins, depois olharia o restante...
   Seguimos a Rue Monet com casinhas lindas, mas que nem sei dizer bem a descrição delas, tanta era ansiedade de chegar logo.




    
    Vejam a fila imensa que tivemos que enfrentar para entrar na casa, acho que foi a primeira vez que não fiquei de mau humor, mesmo com um dia quente de 29º e esperando no sol...

 

    Enquanto esperávamos na fila, deixei meu marido aguardando e fui bisbilhotar a lojinha encantadora do outro lado da rua. Vários souvenirs, todos com enfeites florais, uma gracinha a loja.

   
    Quando vi essa placa meu coração já começou a bater forte, falta pouco, muito pouco...
   Compramos a entrada para a Fundação e para o museu também, 6 euros cada.

 

   Ao entrar já nos deparamos com a "perdição" da loja de souvernirs, tudo que você possa imaginar com as réplicas dos quadros de Monet, é de enlouquecer qualquer um, vontade de comprar tudo...


   Resisti bravamente e deixei a loja para ver no final, passamos por uma porta  e de repente lá estava, o jardim! Meus olhos brilharam como uma criança ao ver um brinquedo tão desejado!


     "Quantas cores que uso, o que há de tão interessante nisso? Penso que poderia pintar melhor ou mais brilhante com outra palheta, mas a coisa mais importante é saber como usar as cores. A escolha é uma questão de hábito. Em suma, uso branco, chumbo, cádimo, amarelo, vermelhão, azul cobalto, cromo, verde. É tudo!"
Claude Monet

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