domingo

Cairo


   Chegamos no Cairo as 3 horas da madrugada, cansados e com medo de não ter ninguem a nossa espera, ainda mais depois de ter lido vários relatos sobre os policiais da imigração.  Ao  longe vimos uma plaquinha com os nossos nomes, um rapaz educado falante, nos deu boas vindas e já nos encaminhou para realizarmos a imigração, rapidamente ja estávamos na saída do aeroporto e dentro de uma van, a caminho do hotel. 

  Imaginei que a essa hora encontraríamos as ruas desertas, ficamos atordoados com tantas  pessoas, a maioria jovens, aguardando para entrada em boates, outros nos bares, ruas cheias de carros, com trânsito agitado, mal sabia que era muito pior durante o dia... a vida noturna ferve no Cairo!! E, nós só queriamos descansar...

  Chegamos ao Hotel,  Sofitel Les Sphinxes, já tinha pesquisado na internet como era o hotel e a sua localização, de frente para as Piramides, ao chegar, claro a primeira coisa era procurar por elas...  nada... fui enganada, as imagens na net eram mentiras... bem que o pessoal de casa disse... mas a noite elas ficam no escuro, após um maravilhoso café da manhã intercontinental, fomos olhar rapidamente a parte externa do hotel, e lá estavam elas, ainda encobertas pela névoa da manhã, mas estavam lá sim!!



  Iniciamos nossa excursão, com pontualidade britânica egípcia, agora era um outro rapaz, Tarek, falando espanhol, agitado, "falando com as mãos", lembrava muito meus tios libaneses... Entramos na van, conhecemos mais dois rapazes de Bogotá, simpáticos, que descobrimos depois seriam nossos companheiros de toda a viagem...
  
   Enquanto passavamos pelas ruas era de certa forma engraçado ver carros e camelos convivendo pacificamente, se é que se pode dizer isso do transito louco do Cairo...

   Primeira visita, Sakara ...


  
   Arrepiei quando vi a primeira pirâmide de perto na minha vida, queria tocar, ter certeza de estar ali, bem de frente para elas, algo como "me belisca que to sonhando", mas nem imginava  que o melhor ainda estava por vir...


  Próxima parada: Pirâmides de Gizé



     A emoção foi indescretível, nem imaginam o quanto, já faz tanto tempo, mas aquela sensação vai permanecer por toda a minha vida... fecho os olhos e lembro nitidamente a primeira visão delas, algo majestoso, grandioso, nem sei como descreve-las...
     
   Fiquei espantada ao ver o quanto o progresso destrói as belezas naturais, imaginava ver deserto por todos os lados, mas o turismo cada vez maior, fez o governo construir estradas fazendo com que o antigo se misturasse com o moderno, em alguns lugares esse efeito chega a ser interessante, mas a minha visão ficou digamos desfocada, não condizia com o local tão  místico e tão venerado em outras épocas...


    Andar pelo deserto no camelo? Mas claro!! Não perderia essa chance por nada!!  Mesmo  que  fosse uma voltinha bem pequenina e mesmo que o medo  passasse bem pertinho, não deixaria de ter essa aventura!! Animal desingonçado, enorme, fedorento, mas muito divertido, não sei se ria de medo ou por divertimento mesmo!! Os dois!!!

   
    Os egípcios adoram perguntar de onde vc é?? E, quando respondemos Brasil, pronto!! Fazem uma festa, acenam, gritam Brasilll, Pelé, Ronaldinhooo!! São espertos gostam de agradar para ganharem gorjeta. Quando se oferecem para tirar fotos com eles ou de nós, cuidado, se não pagar eles se transformam e brigam mesmo!! Li em vários locais que muitas pessoas levavam  lembrancinhas brasileiras para trocar com eles, acho até que seria uma boa idéia, mas eles gostam mesmo é de uma boa gorjeta, um "regalo".
   
    A enigmática Esfinge, guardiã das Piramides de Gizé, a grande protetora do portal para o caminho sagrado e místico até o templo nas piramides... Para os egípcios ela significa poder e sabedoria, a "imagem viva" de um Deus Divino. 
   A minha visão se perdeu pela grandiosidade desse monumento e da Grande Piramide, é tudo envolto por um mistério que nunca poderemos desvendar, apenas admirar.



 




   No dia seguinte conhecemos Menphis, a Cidade dos Mortos, o Museu Egípcio e Mercado de El Kalili.

      Menphis
   
   Menphis foi uma das cidades mais importante do antigo Egito, mas hoje encontramos apenas vestígios da beleza do que foi um dia. 


Colosso de Ramsés II

    Após o témino dos passeios com o guia, ele nos ofereceu retornar para o Hotel ou conhecer o Mercado de El Kalili, estava com muita curiosodade e mortos de fome, resolvemos arriscar conhecer e depois nos aventurar no retorno sozinhos para o Hotel, que ficava bem fora do centro de Cairo. Mercado com muitos egípcios e turistas, talvez tenha sido a parte mais divertida do dia, as compras, tudo voce precisa barganhar consegue-se ótimos preços, bem mais em conta do que os valores inciais. E, é claro por ter sido a primeira vez que fumei "Xixa" na vida, como os egípcios chamam o Narguille.

    Mercado de El Kalili
   Mercado antigo, mas que mantém toda a sua origem, podemos comprar de tudo, desde especiarias, quadros, tapetes, roupas egípcias e de dança do ventre, prataria, lenços e xales coloridos,


   Foi Tarek quem escolheu o restaurante e quem nos ensinou a fumar Narguille, na minha infância lembro por várias vezes ter visto meu avô fumar, na época não sabia bem o que era, mas achava interessante, principalamente o aroma que ficava no ar...
   Compramos um Narguille-Xixa pequena nos ambulantes em Gizé, pode-se comprar uma variedade de sabores do fumo, a que mais gostei foi a com sabor de maça verde é uma delícia.

  
   Muitas vezes li em que as mulheres egípcias nos olhavam de forma atravessada e até mesmos brigam conosco por causa da nossa roupa, mas creio que basta sabermos respeitar a cultura  e a religião deles, evitando usar ropas decotadas e shorts curtos, procurava sempre usar  bermudas até o joelho e um xalé quando a minha blusa fosse de alça, assim, evitamos problemas e temos o respeitos dos homens também.
  
   É claro que pode acontecer de quererem comprar você se for mulher, oferecendo uns camelos em troca ao seu acompanhante, digo isso, porque um guarda que nos ajudou a procurar um cartão telefônico, começou com uma conversa educada perguntando de onde éramos e daqui a pouco, estava oferecendo alguns camelos ao meu marido em troca de minha pessoa, esquisito e assustador na hora, mas depois rendeu uma boas gargalhadas, principalmente, porque ele ofereceu três camelitos, será que é um bom valor? Será que eu estava valendo bem no mercado?? Depois dessa conversa desisti até do cartão, queria era ir embora e bem rápido!

  Na volta ao Hotel tivemos a sorte de conhecer um motorista de táxi que se tornou o nosso chofer no Cairo durante nossos dias de passeio sozinhos, Sr. Arhmed.

   Durante as minhas pesquisas li que precisávamos tomar cuidado com os motoristas de táxi, mas não tivemos nenhum problema, pelo contrário, no dia seguinte fomos ao Museu e ao Mercado novamente, ele nos deixou no Museu marcamos um horário para o retorno e ele só aceitou pagamento quando finalizassemos o passeio com a chegada no hotel, isso nunca aconteceria por aqui.



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